E a festa do Vidrão continua...

Estão todos convidados para mais um show de cor e alegria. Vem a Sra. Caixa de Cartão e o Sr. Caixote da fruta... Vem o batalhão inteiro do exercito imperial cervejeiro, devidamente empacotado. Ele é sacos e saquinhos, ele é fruta que rebola pelo chão...

Uma festa digo-vos eu, uma festa como há poucas... Imagino os terrores deste Vidrão na noite de Halloween...

Vidrão. Sábado. 8 da manhã.

E eis que pela noite passou a fada madrinha da limpeza na Rua Francisco Sanches e pimba. O Vidrão ficou novamente sozinho no meio da estrada...

Pergunta que se impõe: até quando esta solidão?

Um Vidrão todo molhadinho...

O Vidrão estava todo molhadinho. Pudera. Chovia imenso...

Ainda assim, possivelmente não se constipa tal é a quantidade de Vitamina C que alguem lhe deu esta noite...

Sim, mais do que as caixas de fruta que deixam no meio da estrada junto ao Vidrão, é importante referir a fruta que lá deixam também. É fruta podre eu sei, mas é fruta certo?

E no entanto, ele move-se... O Vidrão.

Efectivamente. Resultado sabe-se lá do quê, o já famoso Vidrão da Rua Francisco Sanches resolveu na noite de Segunda para Terça dar um saltinho ao passeio, ver como seria a vida por lá...

Nem por isso desanimaram os habitues da lixeira que por ali se faz, e na falta do espaço ocupado pelo reservatório para o vidro, ocupe-se o mesmo com os sacos de lixo já costumeiros.

Faltaram-lhe as forças (restos não são uma alimentação saudável) e ficou a meio caminho, pé dentro, pé fora...

Foi porém Sol de pouca dura. Alguém de enorme sapiência deve ter entendido que talvez assim fosse mais difícil fazer a recolha do vidro (note-se, o trabalho é pouco pois ninguém deita o vidro no Vidrão mas sim no chão junto a este) com a probabilidade de alguém estacionar junto ao passeio ou seja, no lugar reservado ao estacionamento...

Assim, esta manhã, lá estava ele, orgulhoso da sua posição, uma vez mais no meio da estrada, e de novo rodeado de todas as suas muito estimadas caixas e caixinhas cheias de lixo.

Hoje chove. A ver vamos o que nos espera amanhã.

Vidrãolismo ou Vandalismo no Vidrão

Uma coisa é deitar lixo no Vidrão, outra é deitar lixo na rua junto ao Vidrão mas outra bem diferente é vandalizar o Vidrão, deitando-o ao chão.

Pergunto-me se mais ninguém vê isto...

Esta situação está já a roçar o ridiculo não só pelos claros incómodos e danos a propriedade alheia mas também como atentado a saúde publica.

É cada vez mais claro que a solução deste problema passará pela remoçao do Vidrão deste lugar.

E ao Sabado, os Vidrões gostam de aconchego

E nada como uma lixeira quentinha para os manter mais reconfortados... Porque afinal, os Vidrões também sentem não é? E com o chegar do Outono, necessitam de mais amor, mais carinho, enfim, mais aconchego...

Ao que parece, a mudança na Rua Francisco Sanches foi Sol de pouca dura... Calaram-se as bocas por dois ou três dias e tudo voltou ao normal.

Talvez afinal não tivesse havido mudança alguma. Talvez a rua tivesse sido por breves horas brindada com uma alma mais consciente que resolvera limpar o que nunca deveria ter sido sujo...

Enfim, a prova de que a solução, mesmo que passando pela limpeza do Vidrão e da zona circundante, não poderá ficar por ali.

Afinal, Vidrões há muitos seu palerma...

A aventura continua...

Para uma sexta-feira de manhã, já vi coisas piores mas ainda assim... É um começo. Já temos lixo novamente. caixas, caixinhas, sacos...

E sim, o Vidrão está vazio.

Haverá novas regras sobre Vidrões?

Ontem pelas 22 horas, o Vidrão da Rua Francisco Sanches estava assim:

Hoje pela manhã já estava assim:

Mas será possivel? Terá alguem visto o que por aqui se passa e decidido que efectivamente o vidrão literalmente coberto de lixo não é bom para ninguém?

É certo que a solução do problema não se poderá resumir a isto pois ter uma lixeira no meio da rua durante o dia não é admissivel mas ainda assim, convenhamos, se houver limpeza do espaço diariamente, sempre é melhor que nada.

Presumo que será necessário algum outro tipo de intervenção. Talvez uma manobra de consciencialização dos moradores da zona e dos comerciantes (pois claramente alguns contribuem para aquela vergonha).

A ver vamos os proximos dias...


nota: Já vos falei da distância a que o Vidrão está do passeio? Literalmente no meio da estrada...

No final de Sabado, a coisa não estava má de todo...

Um colchão. Entende-se... Um vidrão é para levar vidro, um colchão... Tem sentido. Ainda assim, menos mal. Aguentou-se um dia inteiro sem ter uma verdadeira lixeira à sua volta...

O Vidrão está limpo... Mas são 9 da manhã.

Pois é... A ver vamos como estará logo mais ao final do dia...

Nota: Já repararam a distancia a que está o Vidrão do passeio? Nitidamente, este não é o sitio dele...

Mas afinal, porque raio está aqui o Vidrão?

Afinal porque raio está aqui o Vidrão? Pergunto eu e pergunta muito boa gente que aqui vive.

Se precisamos de um Vidrão? Claro. Na Rua Cavaleiro de Oliveira, junto à esquina com a Morais Soares ou seja, mesmo na rua de trás, está não um Vidrão mas um Eco-Ponto que visito quase religiosamente todos os Sábados de manhã. Mesmo tendo um Vidrão na rua onde moro pois é literalmente impossível chegar a ele de tão rodeado de lixo que costuma estar.

Mas isto é de agora pois este Vidrão já há muito que está na Rua Francisco Sanches. Só não estava neste sitio.

Como podem ver pelas imagens abaixo, o Vidrão esteve durante muito tempo na esquina da Rua Francisco Sanches com a Rua José Falcão. Primeiro em cima do passeio (que naquele local é bastante largo) e posteriormente passou para a estrada com a colocação de pinos de forma a que os carros não estacionassem por ali.

Posso dizer-vos que, enquanto o Vidrão por ali esteve, não me lembro de o ver nem de perto nem de longe com tanto lixo como o vejo agora. E note-se ainda que, naquela esquina servia de perto, pelo menos, 5 cafés...

Pois que alguém se deve ter incomodado e eis senão quando, numa noite, o Vidrão é misteriosamente levado para outro lado, para o meio da Rua Francisco Sanches, curiosamente, mesmo em frente ao outrora famoso cinema Pathé (ou casa de espectáculos Imperial como foi conhecido entre 1973 e 1987 altura em que fechou definitivamente as portas).

Este grande edifico, construido na segunda década do século passado, há muito que se encontra completamente abandonado e a sua famosa "pala" tem desde então servido não só como ponto de encontro de toxico-dependentes e traficantes mas também como "tecto" de sem-abrigos, casa de banho de "aflitos" e sem dúvida, como depósito de "monos domésticos".

Aparentemente, também alguém na Câmara Municipal de Lisboa partilha desses entendimentos e entende a "pala" do Pathé como um bom local para manter um depósito de lixo.

Por mais que os residentes se queixem, a tal da "pala" insiste em ficar por ali e não há quem a deite abaixo. Há uns anos ainda por lá apareceu alguém, de escada e chave de fendas na mão, mas limitou-se unicamente a retirar tudo quanto era instalação electrica da fachada do edificio e desapareceu de seguida.

E assim é. Agora já sabem mais um pouco da história deste Vidrão e onde o podem encontrar.

Encosta-te a mim... Diz o Vidrão ao Carro

E como o carro não se mexe, e como dá muito trabalho deitar as garrafas dentro do Vidrão, encostam-se as ditas (e outro lixo mais) ao carro...

Pronto.

Se a montanha não vai a Maomé, vai o vidro todo para o chão assim que o carro de ali sair...
E sim, o Vidrão não está cheio...

Lixo no Vidrão não. Na via pública.

Assim é. Na falta de melhor, nada como despejar o lixo no meio da via pública em torno do Vidrão.

E o mais interessante talvez seja o facto de que o lixo ali despejado no meio da estrada é claramente, na sua maioria, originário de estabelecimentos comerciais...

A alguem que esteja por dentro do tema: não há regras, leis, o que quer que seja sobre isto? E fiscalização? E responsabilização?

Não existia algo a que se chamava "Regulamento de Residuos Sólidos da Cidade de Lisboa"?

Vidrão. Novas opções de reciclagem

Pois é. Lembrei-me de que talvez fosse boa ideia, para além do vidro,
começar a publicitar a mensagem da reciclagem de madeira nos
vidrões... Pelo menos aqui, na Rua Francisco Sanches, onde só com
caixas de fruta, dava para construir um daqueles fortes que se viam
nos filmes de cowboys... Por semana.

Que tal vos parece a ideia?

Hoje há TV e Vegetais no Vidrão do costume

Isto é melhor do que ir ao Pingo Doce.

Alguma alma caridosa teve pena deste triste e quase abandonado Vidrão
- que para aqui se encontra tão sozinho no meio da estrada, sem
companhia, sem sentido - e resolveu oferecer-lhe verduras suficientes
para lhe restituir um nobre verde... Bem, não estivessem elas podres
claro. Mas o que vale é a intenção.

Como se não bastasse, o Vidrão da Francisco Sanches foi também
brindado com um maravilhoso televisor... Ultimo modelo. Pelo menos,
foi certamente o ultimo modelo a passar pela casa dos antigos donos
antes de aqui o deixarem...

É um encanto esta rua... Que coisas boas nos guardará a noite?

Sente-se aqui, junto ao Vidrão...

"Vá, sente-se aqui, junto a mim" parece dizer o Vidrão a quem passa.

Partilhe uns minutos de conversa com este Vidrão, tão sozinho, tão
triste, tão... Atafulhado de lixo que quem por aqui passa, passa longe
para não sentir o mau cheiro...

Não se quer sentar? Não tem tempo não é? Está com pressa para ir
trabalhar... Pois... Nem sabe o que perde... Amanhã talvez já não
tenha onde se sentar... Mas não se preocupe. Aparentemente, o Vidrão
da Rua Francisco Sanches não vai a lugar nenhum.

E há medida que o dia passa, o Vidrão...

E pensavam vocês que ao Domingo não se trabalhava? O Vidrão da Rua
Francisco Sanches está sempre pronto a colaborar com os profissionais.
Sábados, Domingos e dias de feira. De manhã à noite...

O Verão chega ao fim e os expositores de protectores solares já não
são necessários. Esperam-se as versões "creme para proteger a pele do
frio" lá mais para o fim do Inverno...

O tal Vidrão, num Domingo qualquer...

Assim foi... Pensava quem por ali passava que era coisa passageira, coisa de noite mal passada... Não faziam ideia de que aquela cena era uma de entre muitas... Por aqui, é só a primeira.

Bem vindos a este site onde se conta em imagens, e algumas letras também, a historia do Vidrão da Rua Francisco Sanches, em Lisboa, surgido de um dia para o outro, junto a pala do Pathé, como se já não  houvesse por lá lixo a mais...